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O Doído Adeus

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E o primeiro mês de 2021 foi-se embora, mas vamos falar de 2020?! Então, que 2020 foi uma bosta de ano. BOSTA! Sim, tenho coisas para celebrar que ocorreram em 2020, mas olha, nem que eu tente ‘Pollyanar,’ eu consigo fechar 2020 com saldo positivo. Sabe aquela primeira pergunta cordial quanto você conversa: tudo bem? Minha resposta padrão é: Eu estou. Assim, uma sentença incompleta. Em um único minuto estou bem e estou mal. O ano que passou foi exaustivo e tivemos dois momentos bem marcantes para nossa famíla: em Junho, nossa família aumentou. O pequeno Froggy chegou em meio a pandemia. Em Outubro, tivemos que dizer adeus à nossa Lua. E olha, 4 meses depois, a ferida está escancarada. Ainda dói, muito. Então vamos falar de Lua em mais um passinho no meu processo de elaborar o luto. Lua chegou em minha vida em 2009. Um ano de um mundo de incertezas, grandes passos na minha vida pessoal e o ano que sabia que precisava de uma companheira peludinha para me ajudar na minha jornada no Ti

Novo Capítulo Comunitário

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Hoje, 20.01.2021 é a inauguração do novo presidente dos Estados Unidos. Foi necessário muito estômago para lidar com os últimos quatro anos. E para a outra parte da população, muita acrobacia mental para continuar defendendo o indefensável e neste tempo, não sei quanta reflexão existiu de todos os lados. Faz quase 14 anos que minha história nos EUA começou. E aprendi muito nestes anos. Sobre o país, sobre as pessoas, sobre a cultura... Já dividi aqui no blog o mundo de preconceitos e estereótipos que tinha contra o país e muitos deles foram estraçalhados, outros nem tanto. Neste meio tempo em que aprendia sobre o país, eu também aprendi sobre mim, sobre quem sou, sobre quem quero ser, sobre uma forma diferente de olhar para tudo ao meu redor... Eu tive bastante tempo para refletir sobre muitas coisas e continuo aprendendo. E este post é sobre parte das reflexões neste dia marcante de tantas formas diferentes para cada um que mora neste país. Os EUA é um país excelente, com muitas qua

Oi!!

Ano novo, vida nova... Ha! Nunca comecei um ano pensando desta forma e não é agora que vou começar maaaasss faz mais de dois anos que não dou as caras por aqui, então tem muita coisa nova para dividir.  Eu nunca planejei ficar tanto tempo afastada do blog. Também nunca planejei escrever no blog por tantos anos rsrs  Neste hiato gigante, eu fiz alguns rascunhos e decidi que agora estou pronta para escrever de novo. Sei que muita coisa mudou na blogosfera e que muita gente que me seguia nem está por aqui mais, mas quero escrever de novo e assim o farei :-) sem planos específicos, como foi da primeira fase. Vida mudou, eu mudei e quero voltar com meus pensamentos por aqui. Estou de volta para falar da vida que continua acontecendo no Centro-Oeste dos Estados Unidos e agora com o papel ampliado de mãe de dois :-) Então, oi para vc que ainda recebe notificação do blog :-) e oi para você também que caiu aqui de paraquedas ou por minhas outras redes sociais! 

Cagar ficou mais fácil

Eu tenho algumas regras que são ilógicas para o mundo, mas que eu tenho uma certa necessidade de seguir. Uma delas é que eu não publico até eu conseguir me atualizar sobre os blogs que sigo e conseguir deixar os devidos comentários que quero fazer. No entanto, os meses estão se acumulando e as coisas por aqui também. Não consigo sentar com a devida calma e inspiração para deixar os comentários, mas como preciava muito dividir a atualização de como andam as coisas por aqui com o Pandinha, resolvi quebrar minha regra. Depois do último post, muita coisa mudou, apesar de ter passado apenas dois meses. Voltamos do Brasil com a asma do Pandinha mega atacada e nada resolvia. Quando batemos 5 semanas sem conseguir controlar a asma, resolvemos ir no pediatra. Na consulta, eles checaram o peso do pequeno e apesar de ele não ter perdido mais peso, ele também não havia ganho nada. Com isso, ele caiu novamente na curvatura de crescimento dele. Lembram que até os 2 anos ele estava no 95 percent

Cagar não deveria ser tão complicado – parte 2

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E continuamos na nossa saga de Pandinha não conseguir fazer cocô. Vamos recapitular com detalhes: Em Dezembro de 2016, por motivos que até hoje desconhecemos, Pandinha parou de fazer cocô. Ele ficava dias sem evacuar (mais de 10) e só fazia com muito esforço e muito choro. Ele passou a não querer andar, não querer brincar, não querer comer. Alguns meses depois, ele teve a consulta de rotina dele com a pediatra e veio o sinal vermelho: ele estava perdendo peso. MUITO peso. A médica entrou com laxativo e passamos a monitorar o peso. O peso continuou a cair e nada de ele evacuar com facilidade. Pandinha era uma criança que estava na faixa de 95 percentil na curvatura de crescimento para peso. Para traduzir o que isso significa, se você o colocasse em uma fileira com 100 crianças típicas com a mesma idade dele, 95 das crianças teriam peso menor que o do Pandinha e apenas 5 crianças pesariam mais do que ele. Pois bem, de 95 percentil ele caiu para 30. Crianças não devem cair em sua

Possível segundo filho

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Quando eu dividi que havia sofrido um aborto, tenho certeza que muita gente ficou surpresa e curiosa sobre eu estar grávida. Acredito que a surpresa foi ainda maior para quem soube que não foi uma gravidez acidental, pelo contrário, foi uma gravidez bem “suada;” já que estamos lidando com infertilidade secundária e esta foi uma gravidez que conseguimos com a nossa segunda tentativa de inseminação artificial. Imagino a surpresa, pois após ter meu pandinha, eu sempre fui bem aberta sobre não querer ter outro filho. Eu dizia que era 98% de chance de eu não ter outro filho. Essa nem sempre foi minha realidade. Eu sempre quis ter mais de um filho. O plano sempre foram dois biológicos e um adotado. Antes de casar, marido e eu havíamos concordado com o tamanho da nossa família, mas aí fiquei grávida e tive um filho e tudo mudou. A minha primeira gravidez foi extremamente programada e desejada. Tive sorte por poder me programar e a “natureza” cooperar. No entanto, a cooperação da natu

Obrigada!

Primeiro de tudo, obrigada! Obrigada pelas mensagens aqui e no privado. Obrigada pelo carinho, pelo suporte, pelas orações e energias enviadas. Qualquer luto é complicado de abordar. É complicado para quem está dentro e para quem está fora. O que você fala para alguém que teve uma gravidez interrompida involuntariamente? O que a pessoa que sofreu o aborto pode falar? O aborto espontâneo, para mim, foi uma enxurrada de inadequação. Minha, simplesmente por não saber responder a cada sinto muito. Por não saber como me portar e nunca ter certeza que não fui grossa com ninguém que simplesmente queria me confortar.  É um momento de muita sensibilidade física (dor, sangramento, hormônios) e emocional e cada um processa este momento de uma forma diferente, apesar de todas as similaridades e as pessoas que estão a nossa volta também tem seu jeito único de processar e situação fica desconfortável para todos. O luto de um aborto espontâneo no primeiro trimestre, na minha percepção, é ain